sexta-feira, 7 de maio de 2010

PSICOPATIA MÓRBIDA MASOQUISTA.

Foste ausente e eu cumpri, com a cínica resignação
de conhecido o caminho, o urbano rito de perder-te.
Tu sabes. Fiz-te um brinde solene, depois outro...
Depois muitos, até que tu não mais me doías
e eu fui morrer de frio num outro braço.

Mas a todas estas coisas fiz cumprir de olhos secos,
e vesti-me de amargura como de preto as viúvas:
por adequado o traje, não o luto.

Enfim, eis os teus irreversíveis versos.

Limpamo-nos um do outro sem maior dano
que acrescentar descrença a um sonho já roto.
Não houve fotografia para rasgar, nem um cão que
sinta tua falta ou crianças para dividir. Nenhum amigo
lamentará nosso triste fim e servirá de memória do que fomos.

Pouco existimos um para o outro;
pouco, muito pouco eu partilhei contigo
além de toda poesia que existe no mundo.

Não sei desesperar mesmo quando desespero.

Ai, poeta, se eu soubesse.
Eu te juro, rasgava o vestido,
arrancava os cabelos, e de joelhos
eu te pedia,
pra não ires embora de mim.



Por tempo de desespero engano,
partículas de mim espalhadas,
como farrapos de rasgada roupa...
Te pediria...Fica...Pra ver melhor meu fim...


São versos que os lendo hoje, falo cá com meus botões... Como pode ainda ter alguma mulher que se descabele, se rasgue...Com o estresses em voga, isso se daria no limiar da loucura, com tanta clinica de psicologia,mulher assim está beirando a psicopatia mórbida masoquista.
Com o ciúme mascarado, entre linhas e reticências, vai ai o alerta, pra não sair nas manchetes,a história de mais um caso "Passional"...







quinta-feira, 22 de abril de 2010

ME CHAME DO QUE QUISER

Se parece ingênuo que eu acredite nas pessoas, que me chamem de tola.
Se parece impossível que eu queira ir onde ninguém conseguiu chegar, que me chamem de pretensiosa.
Se parece precipitado que eu me apaixone no primeiro momento, que me chamem de inconsequente.

Se parece imprudente que eu me arrisque num desafio, que me chamem de imatura.
Se parece inaceitável que eu mude de opinião, que me chamem de incoerente.
Se parece ousado que eu queira ter alegria todos os dias, que me chamem de abusada.

Se parece insano que eu continue sonhando, que me chamem de louca.
Só não me chamem de medrosa ou de injusta. porque eu vou à luta com muita garra e muita vontade de acertar.
E foi lutando que eu perdi o medo de ser ridícula. de ser enganada. de ser mal entendida.
Perdi, na verdade, o medo de ser feliz.

Não me incomoda se as pessoas me veem de forma equivocada.
O importante mesmo é como eu me vejo...
Sem cobrança. sem culpa. sem arrependimento.
A gente perde muito tempo tentando agradar aos outros. tentando ser o que esperam de nós.
Eu sou o que sou e não peço desculpas por isso.

No meu caminho até aqui, posso não ter agradado a todo mundo, mas tomei muito cuidado para não pisar em ninguém.
Sendo assim, me chame do que quiser, eu não ligo...
Porque eu só atendo mesmo quando chamam pelo meu nome, que eu tenho o maior orgulho de carregar.


Hellê.

terça-feira, 20 de abril de 2010

Quando o dia começa...


Pela manhã enquanto lavo meu rosto, com aquela preguiça de pegar a pasta de dente e colocar na escova,  faço isso mecanicamente, olhando pro espelho à minha frente, sem vontade de conversar, é conversar... Todo dia quando levanto nesse ritual que considero verdadeira magia, e bato um papinho comigo...Noossa tu tá amarrotada, é o que digo quase sempre.
_ Mas vamos dar um geito nisso. Pego o pote de creme logo acima no armário, abro com com todo o cuidado, porque atribuo a ele as melhoras na pele,nos frisos das rugas e ainda dou uma pequena ordem aos meus dedos, enquanto sinto o suave perfume que sai enquanto espalho o creme suave com os dedos todos melecados em volta dos meus olhos, e por todo o rosto...Maravilha! Olho com orgulho pra minha cara toda borrada de branco.
É um momento de fé,  mas nessa hora esse ritual torna-se um religioso ato de intimidade.
Meus pensamentos voam...Nesse instante já não estou sozinha..."Ele" está comigo. Me abraça, enfia o nariz nos meus cabelos...Elogia o perfume, e brinca com o creme no meu nariz!...As palavras são inúteis nessa hora, chego a sentir o seu respirar...Fico parada e fecho meus olhos, pra melhor desfrutar desse encanto...Ah! O frescor da manhã...O barulho da agua caindo na pia à minha frente...Até a voz dele eu ouço, sussurrando meu nome...
Vai agora, digo baixinho...Senão eu acostumo contigo. E nesse momento abro os  olhos bem de-va-ga-ri-nho, e com um sorriso maroto, continuo a conversa , Tu tá linda!... Abro meu melhor sorriso e digo Bom Dia Amiga! Hoje o dia promete...
Esse é o começo da maioria das manhãs, e quando levanto inspirada...Socorro! Sai da frente!

Dia 21 de Abril!

Mas que dor desenfreada essa que de repente se fez presente...Dia 21 de Abril, uma cidade que faz aniversário, que nasceu sobre as horríveis dores do parto, feito sem anestesia, por um médico veterinário recém formado sem experiência e ética...Veja onde fui me meter.E fez-se grandes festas, muito barulho, nem se preocupem com os entulhos...Até hoje continuam lá.
Que surpreendente achado...Com tanto lugar mas o escolhido foi o cerrado.
Mas que dorzinha infeliz, que teima em não me largar...Já tomei uma providência, com uma chícara de chá, mas que dorzinha teimosa que não quer saber de passar...Vamos lá continuando...O que estava mesmo falando?
Ah! lembrei, era do barulho da festa, afinal inauguração é assim, com muito forfel, senão não tem graça, Essa cidade nasceu ilustre no meio do nada e ficou famosa naquele tempo e hoje também, mas com diferenças ela cresceu...Sua atrevida arquitetura se mostra altiva e segura, cartão postal... Foi promovida...A capital assim foi movida, mostrada aos quatro cantos do planeta, que no Brasil tem gente porreta!...
Porreta sim, pois foi construída com mãos nordestinas um pouco de lá um pouco de cá, eita povo sofrido, que veio de longe sonhando com a nova terra, olhava pra tudo como astronauta que descobriu um novo satélite, pulando pra todo lado com a bandeirinha na mão.
Olhando a sua volta depois do tempo passar, viu seu planeta invadido, por alguém chamado bandido, que levava do meu do seu ganha pão, tirando tudo e levando de avião...Tal qual como faziam no início os nossos descobridores, que antes despachavam o ouro pra sua terra natal, mas hoje se despacha em euros pro Paraíso fiscal.
É pique..É pique...É festa ...É festa...
Parabéns á você...
Todo dia, é dia de índio!!!!!!!
Brasília amadureceu!!!!

segunda-feira, 12 de abril de 2010

"Luta, Substantivo Feminino" O livro...

Pasmem, amanhã, se comemora o aniversário do golpe militar de 1964.
Na verdade o artigo escrito pelo professor José Ribamar Bessa Freire, colaborador da Assaz Atroz, se refere ao livro “Luta, Substantivo Feminino”, lançado quinta-feira passada na PUC de São Paulo. O livro conta as histórias de 45 mulheres que foram presas, torturadas, violentadas, mortas ou desaparecidas. Quase todas militantes, inconformadas com a ditadura estabelecida pelo golpe militar de 1964. O livro contém ainda o testemunho de 27 sobreviventes. Destes, José Ribamar destaca 9 em seu artigo.
A partir de hoje trarei em doses homeopáticas, de três em três, trechos dos depoimentos dessas mulheres e alguns detalhes sobre o livro. Faço-o em pequenas doses, pois, todos de uma só vez (como fez José Ribamar em seu artigo), poderão causar náuseas e, como ele bem escreveu; “nos deixam envergonhados, indignados, estarrecidos, duvidando da natureza humana, especialmente porque sabemos que não foi uma aberração, um desvio de conduta de alguns indivíduos criminosos, mas uma política de Estado, que estimulou a tortura, a ponto de garantir a não punição a seus autores, com a concordância e a conivência de muita gente boa “em nome da conciliação nacional”.”
Rose Nogueira - jornalista, presa em 1969, em São Paulo, onde vive hoje. “Sobe depressa, Miss Brasil’, dizia o torturador enquanto me empurrava e beliscava minhas nádegas escada acima no Dops. Eu sangrava e não tinha absorvente. Eram os ‘40 dias’ do parto. Riram mais ainda quando ele veio para cima de mim e abriu meu vestido. Segurei os seios, o leite escorreu. Eu sabia que estava com um cheiro de suor, de sangue, de leite azedo. Ele (delegado Fleury) ria, zombava do cheiro horrível e mexia em seu sexo por cima da calça com um olhar de louco. O torturador zombava: ‘Esse leitinho o nenê não vai ter mais’”.
Izabel Fávero – professora, presa em 1970, em Nova Aurora (PR). Hoje, vive no Recife, onde é docente universitária: “Eu, meu companheiro e os pais dele fomos torturados a noite toda ali, um na frente do outro. Era muito choque elétrico. Fomos literalmente saqueados. Levaram tudo o que tínhamos: as economias do meu sogro, a roupa de cama e até o meu enxoval. No dia seguinte, eu e meu companheiro fomos torturados pelo capitão Júlio Cerdá Mendes e pelo tenente Mário Expedito Ostrovski. Foi pau de arara, choques elétricos, jogo de empurrar e ameaças de estupro. Eu estava grávida de dois meses, e eles estavam sabendo. No quinto dia, depois de muito choque, pau de arara, ameaça de estupro e insultos, eu abortei. Quando melhorei, voltaram a me torturar”.
Hecilda Fontelles Veiga - estudante de Ciências Sociais, presa em 1971, em Brasília. Hoje, vive em Belém, onde é professora da Universidade Federal do Pará. “Quando fui presa, minha barriga de cinco meses de gravidez já estava bem visível. Fui levada à delegacia da Polícia Federal, onde, diante da minha recusa em dar informações a respeito de meu marido, Paulo Fontelles, comecei a ouvir, sob socos e pontapés: ‘Filho dessa raça não deve nascer’. (...) me colocaram na cadeira do dragão, bateram em meu rosto, pescoço, pernas, e fui submetida à ‘tortura cientifica’. Da cadeira em que sentávamos saíam uns fios, que subiam pelas pernas e eram amarrados nos seios. As sensações que aquilo provocava eram indescritíveis: calor, frio, asfixia. Aí, levaram-me ao hospital da Guarnição de Brasília, onde fiquei até o nascimento do Paulo. Nesse dia, para apressar as coisas, o médico, irritadíssimo, induziu o parto e fez o corte sem anestesia”.

sexta-feira, 2 de abril de 2010

O fator solidão no século 21

A solidão sempre foi um fator mais gerenciado pelo público feminino do que masculino...Os homens que me perdoem, mais isso é um fato...
A mulher somente se queixa quando todos os argumentos e ações foram amplamente  demonstrados pelas várias formas femininas de desagrado...Ex: Jogando o dito cujo porta à fora!!!!
Então em vez de desligar o celular...Troca-se o chip.
E-mails então é só deletar...Não deixa rastro de correspondência.
O mundo virtual é hoje em dia portas escancaradas para que a mulher viaje mundo afora...
Mas essa mulher que eu estou me referindo é aquela que vai à luta, sem medo, estuda, porque trabalhar ela já faz desde a tenra idade...Tornou-se polivalente...Valente... Corajosa.
Com isso os sentimentos  vão se repartindo como partículas de átomos...Explodem...Ficam sem controle...MASCULINO!
Você mulher, que está descobrindo o seu verdadeiro papel na nossa sociedade ainda muito machista, e com coragem vai buscando o seu espaço cada vez mais ampliado pela acomodação do  homo sapiens...
Você mulher que nessa revolução estratégica de convivência, a paciência deu lugar a tolerância, a primeira é um fator da fé...A segunda do calar a escutar, se deu melhor resultado... Pois foi dai que a mulher  descobriu a melhor fonte inspiradora de escrever comédia.
Solteira sim...Mas sozinha jamais!
A vida fica mais risonha...Principalmente na disputa do espelho e do Jornal Nacional!!!

SAUDADE É A MEMORIA QUE NÃO MORRE.

A SAUDADE É O QUE FICA DAQUILO QUE PARTIU, DAQUILO QUE JÁ NÃO É MAIS.SAUDADE É AUSÊNCIA, É O SENTIMENTO DE VAZIO QUE FICA DE QUEM SE FOI....